O seu interesse pela Luz levou-o a estudar sistemas geométricos, chamados sistemas de raios, muito próximos do estudo de Plucker. Conduziu experiências para verificar a teoria da Luz de Huygens e reescreveu-a numa forma mais analítica. Uma das suas grandes obras é a descoberta da polarização da luz, publicada em 1809, e a sua teoria da dupla refracção da luz em cristais, em 1810. Recebeu, nesse ano, o prémio da Académie des Sciences e no ano seguinte a medalha Rumford do Royal Society of London.
Mas, afinal, o que é a luz polarizada? Podemos imaginar uma fonte de luz como sendo composta por ondas que podem oscilar em qualquer plano. Num qualquer feixe luminoso podem haver ondas que oscilem de cima para baixo, outras que oscilem de um lado para o outro e, ainda, oscilações diagonais. A direcção de oscilação pode estar repartida equitativamente, sem que haja planos com maior número de ondas ou oscilações. A luz solar é assim.
Vejamos o que se passa quando uma fonte de luz atravessa um determinado cristal transparente. O cristal é composto por átomos, ou grupos de átomos, alinhados em filas e camadas regulares. As ondas luminosas passarão facilmente entre os átomos, que também oscilam, se estes estiverem num plano que permita a sua passagem entre duas camadas. Se oscilarem de modo a formar um determinado ângulo, o feixe de luz chocará com os átomos e a luz será parcial ou totalmente absorvida.
Deste modo o efeito da polarização é conseguido da seguinte forma: há determinados cristais que “obrigam” a luz a oscilar apenas num certo plano, cortando a passagem às restantes frentes de onda. Diz-se, então, que a luz está polarizada linearmente ou simplesmente polarizada. A luz ordinária que oscila em qualquer direcção é luz não polarizada.
Este fenómeno foi baptizado de Polarização por Malus quando pensava que a luz era composta por partículas com pólos, como os de um íman, e que a luz emergente de um qualquer ponto luminoso tinha os seus pólos orientados numa certa direcção. A teoria era falsa mas o nome ficou.
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