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quarta-feira, 16 de junho de 2010

Mini-saias e coisas assim

Não sei se vos assola o mesmo que a mim, mas com a vinda do calor parece que vem também a despudor desmesurado.
Bem, à medida que escrevo isto vou tendo uma série de pensamentos que, por si só, são contraditórios. Se formos a ver bem, não sei se é só o calor que traz o despudor... Senão vejamos: no meu tempo (Chiça que tou velho) as garotas no liceu andavam vestidas dos pés à cabeça (não, não sou do tempo dos fatos de banho do tornozelo à ponta dos cabelos, nem da touca na farfalhuda cabeça); hoje em dia, as adolescentes não usam saias. Usam cintos.
No meu tempo, ninguém andava com os soutiens à mostra propositadamente. Hoje, é moda.
Podia continuar por aqui fora mas quero focalizar-me na saia, ou melhor, na mini-saia, isto é, no cinto!
Pernoca torneada, bronzeada no estaleiro, musculada q.b., celulite-free, unha pintada e com apliques! Geração XXI century. Estão a ver a imagem.

Ora se não fosse a grave crise económica com que nos deparamos, não vinha grande mal ao mundo. Aliás, cada um veste-se como bem entende e quer. O problema é que precisamos de revitalizar a economia! E se a moda do cinto em vez de saia pega de vez, além dos problemas de pescoço e de estrabismo que possa provocar nos utentes masculinos das vias públicas e transportes colectivos, a industria têxtil mundial vai ter um sério problema para vender rolo de tecido para confeccionar!
Bem, voltando ao cinto e deixando a economia para os amigos asiáticos que nos vendem o que nós precisamos urgentemente, há uma coisa que eu não consigo compreender muito bem. É relacionado com os cintos. Se a malta quer passear a bela depilada pernoca, pêlo-free do laser, desenhada como as curvas do Marão até ao rabiosque, então porque raio teimam em estar constantemente a puxar a saia para baixo, como que tentando demonstrar um falso puritanismo de constrangimento?? Então se a moda é substituir a mini (saia, não bebida!) pelo cinto, e se inclusivamente é feito com lusitana vontade e fulgor, porque insiste este gesto entrar no nosso quotidiano?

Cá para mim, deviamo-nos deixar de tretas e assumir de vez as nossas vontades! Então não somos nós o país que assume o casamento em plena harmonia de sexos? Ok, ok, também punimos a mirandesa arrebitada que trazia o Demo às mentes dos nossos puros estudantes, mas não devemos esquecer que ainda habita nas mentes das nossas queridas esposas transmontanas a ideia do marido que era encantado pelo hábil adorno das moçoilas que dançavam nos clubes nocturnos da região... Mesmo assim, não concordo, mas tudo bem.
Eu cá sou adepto da JJ que, em vez de andar aqui armada em falsa puritana, decidiu afirmar em todo o seu esplendor a sua cintisse (inventei agora, que tal?) e assumir que, já que gosta do cinto, que seja em toda a sua naturalidade!

Tenho dito.

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